Escolho os meus amigos, não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim:
metade disparate, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde
4 comentários:
Muito bonito, mesmo!
Saudades do vento na cara...
adorei a 2ª foto...não sei...dá-me a sensação de "continuum".....
Descobri hoje o seu blogue...
e logo com imagens da Nova Zelândia!!!
Que inveja! (saudável, claro!). Tenho em mente um saltinho Down Under, mas tem sido adiado consecutivamente...
Parabéns pelo blogue...
Passarei mais vezes.
Rui
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